PUNKER ZERO ZERO

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Você tem uns minutinhos para falar sobre o Maximum Raw, o novo do Rawfire?



Primeiramente, caso você não conheça o Rawfire, é um quarteto - eu poderia jurar que eram um quinteto - que faz punk rock/hardcore numa linha mais melódica, ou Californiano, como diriam alguns tiozões - digo tiozões com todo carinho, tá? - da cena, que já tem 3 trabalhos na praça: Keep In The Garage (2011), Minds On A Hunt (2013), e Maximum Raw (2016) que nos trouxe até aqui. DÁ PARA OUVIR TUDO AQUI.

Há quem diga que uma banda precisa de décadas de estradas para poder fazer autorreferencia, não sei qual é a regra para isso, sei que o Rawfire fez bem, e duvido que seja sem querer, começando o disco com a canção/intro Keep The Best Thing By Your Side, que é uma referência à canção/intro Sort Of a Track, do disco anterior, mas, voltando a música a Cítara e a canção te dão a entender que vem uma onda de vibrações positivas , pois é, ledo engano, a faixa seguinte, Heart Ages Away, uma pedrada e uma revelação, pois apresenta aos fãs um lado mais pesado da banda - e acredito eu, que seja o mais pesado até então -, Make Up dá continuidade as pedradas, e só aí a gente tem um carinho de novo com o Folk(?) instrumental, Maya.
E aqui, por volta de cinco minutinhos desde o inicio do play, já estamos exatamente na metade do caminho com "It's All About The Way You Say It" que lembra mais os trabalhos anteriores, e tem uma letra bem legal meio acusatória e introspectiva sobre amizade, apesar de eu não me sentir a super à vontade para comentar letras em inglês, essa vale o esforço - e talvez vergonha -, com uns versos assim(numa tradução livre): Eu posso matar todos os meus melhores soldados/ Abaixar a guarda fechar os olhos e sem atacar/ Com os braços bem abertos eu aceitaria viver num canto.
Corona é mais um interlúdio instrumental seguido por The Ballad of Blackjaw, que é um tipo de balada mesmo e homenagem à banda Blackjaw, que nos últimos anos também carregava a bandeira do hardcore melódico, e depois de lançar 2 trabalhos bem legais, Dancers Get All the Girls(2010) e The Ancor Sleep (2013), encerrou suas atividades em Fevereiro de 2015. Bangers Jubilate mais uma faixa instrumental, com apenas um violão, dá para pôr no repeat e ficar viajando. Starting From Scratch lembra bastante o trabalho anterior da banda, mais limpo, com melodias vocais marcantes, que apesar de diferente na sonoridade, não soa perdida, aliás, casa bem com o disco e por último, Raw Song, que é um ska com uma levada de trombone incrível, que casa perfeitamente com as melodias vocais - é doido como tudo soa bem na voz rouca do Plinio, né? - , e assim como o disco se abre numa onda de positividade sonora maneira, e passa por um pouco de caos - que talvez explique a arte muito louca da capa - também se encerra assim, numa good vibe sonora.

Maximum Raw dura pouquinho, cerca de 18 minutos, o que pode ser lido de duas formas: 1. bom porque o disco não soa inchado e demorado; ponto pro Rawfire.
2. É tão daora que podia durar mais. Mas é para isso que existe o "Repeat".

INFO:

Gravado entre Agosto de 2015 e Agosto de 2016 nos estúdios Family Mob, Costella e Subway
Produzido, mixado e masterizado por Paulo Senoni
Cítara em "Keep The Best Things By Your Side" por Fábio Kidesh
Trombone em "Raw Song" por Victor Fão
Coro em "Raw Song" por Rawfire, Paulo Senoni e Leandro Asai
Arte por Leandro Dexter
Faixas 1, 3, 5 e 7 por Plinio; faixas 2 e 6 por Pedro; faixas 4 e 10 por Danilo; faixas 8 e 9 por Jaime
Todos os sons por Rawfire

 

2 comentários:

  1. Que bela resenha! Curti! Valeu mesmo pelas palavras!! Compartilhado!!!

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    1. Eu que agradeço pelo comentário e pela música. Já quero mais o/

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